segunda-feira, 23 de março de 2009

ANTÓNIO OLIVEIRA SALAZAR:




António de Oliveira Salazar (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de Abril de 1889Lisboa, 27 de Julho de 1970) foi um estadista, político português e professor da Universidade de Coimbra. Notabilizou-se pelo facto de ter exercido, de forma autoritária e em ditadura, o poder político, em Portugal, entre 1932 e 1968.

Foi também ministro das Finanças entre 1928 e 1932, procedendo ao saneamento das finanças públicas portuguesas.

Instituidor do Estado Novo (1933-1974) e da sua organização política de suporte, a União Nacional, Salazar dirigiu os destinos de Portugal, como Presidente do Conselho de Ministros, entre 1932 e 1968.

Apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orienta-se para um corporativismo de Estado autoritário, com uma linha de acção económica nacionalista assente no ideal da autarcia. Esse seu nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de proteccionismo e isolacionismo de natureza fiscal, tarifária, alfandegária, para Portugal e suas colónias, que tiveram grande impacto sobretudo até aos anos sessenta.

O caminho do poder

Assento de baptismo de Salazar, que servia de registo de nascimento.

Em 1900, após de completar os seus estudos na escola primária, com 11 anos de idade, Oliveira Salazar ingressou no Seminário de Viseu, onde permaneceu por oito anos. Em 1908, o seu último ano lectivo no seminário, tomou finalmente contacto com toda a agitação que reinava em Viseu e também em todo o país. Surgiam artigos que atacavam o Governo, o Rei e a Igreja Católica. Foi também nesse ano que se deu o assassínio do Rei D. Carlos e do seu filho, o Príncipe D. Luís Filipe. Não ficando indiferente a esses acontecimentos, Salazar, católico praticante, começou a insurgir-se contra os republicanos jacobinos em defesa da Igreja, escrevendo vários artigos nos jornais. Depois de completar os estudos, permaneceu em Viseu por mais dois anos. Porém, em 1910, mudou-se para Coimbra para estudar Direito. Em 1914, concluiu o curso de Direito com a alta classificação de 19 valores e torna-se, dois anos depois, assistente de Ciências Económicas. Assumiu a regência da cadeira de Economia Política e Finanças em 1917 a convite do professor José Alberto dos Reis e do professor Aniceto Barbosa, antes de se doutorar em 1918.

Durante esse período em Coimbra, materializa o seu pendor para a política no Centro Académico da Democracia Cristã onde faz amigos como Mário de Figueiredo, José Nosolini, Juvenal de Araújo, os irmãos Dinis da Fonseca, Manuel Gonçalves Cerejeira, Bissaya Barreto, entre outros. Alguns haveriam de colaborar nos seus governos. Combate o anticlericalismo da Primeira República através de artigos de opinião que escreve para jornais católicos. Acompanha Cerejeira em palestras e debates. Enquanto estuda Maurras, Le Play e as encíclicas do Papa Leão XIII, vai consolidando o seu pensamento, explicitando-o em artigos e conferências, onde se revela que "Salazar nasceu para a política pugnando pelo acertar do passo com a Europa, e com a paixão pela Educação" [1].

As suas opiniões e ligações ao Centro Académico da Democracia Cristã levaram-no, em 1921, a concorrer por Guimarães como deputado ao Parlamento. Sendo eleito e não encontrando aí qualquer motivação, regressou à universidade passados três dias. Lá se manteve até 1926.

Da pasta das Finanças à Presidência do Conselho


Com a crise económica e a agitação política da 1ª República (que se prolongou inclusive após o Golpe militar de 28 de Maio de 1926), a Ditadura Militar chamou o Dr.Salazar em Junho de 1926 para a pasta das finanças; passados treze dias renuncia ao cargo e retorna a Coimbra por não lhe haverem satisfeitas as condições que achava indispensáveis ao seu exercício.

Em 27 de Abril de 1928, após a eleição do Marechal Carmona e na sequência do fracasso do seu antecessor em conseguir um avultado empréstimo externo com vista ao equilíbrio das contas públicas, reassumiu a pasta, mas exigindo o controlo sobre as despesas e receitas de todos ministérios. Satisfeita a exigência, impôs forte austeridade e rigoroso controlo de contas, conseguindo um superavit, um "milagre" nas finanças públicas logo no exercício económico de 1928-29.

Sei muito bem o que quero e para onde vou. - afirmara, denunciando o seu propósito na tomada de posse.

Na imprensa, que era controlada pela censura, Salazar seria muitas vezes retratado como salvador da pátria. O prestígio ganho, a propaganda, a habilidade política na manipulação das correntes da direita republicana, de alguns sectores monárquicos e dos católicos consolidavam o seu poder. A Ditadura dificilmente o podia dispensar e o Presidente da República consultava-o em cada remodelação ministerial. Enquanto a oposição democrática se desvanecia em sucessivas revoltas sem êxito, procurava-se dar rumo à Revolução Nacional imposta pela ditadura. Salazar, recusando o regresso ao parlamentarismo e à democracia da Primeira República, cria a União Nacional em 1930, visando o estabelecimento de um regime de partido único.

Em 1932 era publicado o projecto de uma nova Constituição que seria aprovada em 1933 através de um plebiscito. Com esta constituição, Salazar cria o Estado Novo, uma ditadura antiliberal e anticomunista, que se orienta segundo os princípios conservadores autoritários: Deus, Pátria e Família. Toda a vida económica e social do país estava organizada em corporações de nomeação e direcção estatal - era também um Estado Corporativo. Mantendo as doutrinas coloniais que vingaram na Primeira República, Portugal afirmava-se como "um Estado pluricontinental e multirracial". Durante o Estado Novo, os Presidentes da República, que foram regularmente eleitos por sufrágio universal até 1958, tinham na prática funções meramente cerimoniais. O detentor real do poder era o Presidente do Conselho de Ministros e era ele que dirigia os destinos da Nação.

Feriados Nacionais:

Na história de Portugal houve alguns feriados históricos. E nós vimo-vos dizer quais são e o porquê.

Vamos a isso!!!!

25 De Abril 1974


Comemora-se a Revolução dos cravos. Após a guerra uma senhora estava a meter cravos na ponta das armas dos guerreiros que tinham ganhado a guerra. Aí se deu a revolução dos cravos.

1 De Maio de 1886



Comemora-se o dia do trabalhador. Todos os anos, no dia 1 de Maio, comemora-se, em todo o mundo, o Dia do Trabalhador. As origens do Dia do Trabalhador não são muito recentes. A história deste dia começa no séc. XIX.

10 De Junho de 1580

Comemora-se a morte de um grande poeta português é o Luís de Camões. Porque Camões representava justamente o génio da pátria, representava Portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial.

5 De Outubro de 1910


Comemora-se a Implantação da República.
Nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910 alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia.

Curiosidades:

Após o 5 de Outubro foi substituída a bandeira portuguesa. A cor verde e vermelho significam, respectivamente, a esperança e o sangue dos heróis. A esfera armilar simboliza os Descobrimentos, os sete castelos representam os primeiros castelos conquistados por D. Afonso Henriques, as cinco quinas significam os cinco reis mouros vencidos por este Rei e, finalmente, os cinco pontos em cada uma as cinco chagas de Cristo. O hino A Portuguesa, composto por Alfredo Keil tornou-se o hino Nacional.

1 De Dezembro de 1640


Comemora-se a Restauração da Independência de Portugal. Após 60 anos de domínio espanhol, deu-se a restauração da independência Nacional com a aclamação do Rei D. João IV.


Trabalho realizado por: Tânia e Vanessa